domingo, 6 de dezembro de 2015

A busca da causa para o efeito satisfatório - Homeopatia!

 



Doenças Mentais e Emocionais (§210 a §230)*

As doenças têm, quase todas, a sua origem na psora. As doenças parciais, onde há desaparecimento de todos os sintomas mórbidos e que parecem mais difíceis de curar, as chamadas doenças mentais, têm a sua origem na psora. Estas doenças não são diferentes de outras doenças. O estado mental e emocional do paciente são aspectos fundamentais do diagnóstico, para podermos tratar homeopaticamente com sucesso, e podem variar durante o tratamento de qualquer doença. Não há doenças mentais. São estes sintomas que nos levam à escolha do medicamento. Todas as substâncias medicinais têm a capacidade de alterar o estado emocional e mental do homem saudável, e todo o medicamento o faz de modo diferente. Para curar homeopaticamente temos de observar em simultâneo as alterações físicas, mentais e emocionais do paciente. Só assim podemos escolher o medicamento mais semelhante. As doenças mentais e emocionais curam-se da mesma maneira que qualquer outra doença. Não são mais do que doenças corporais, cujos sintomas são mais marcados mentalmente, aumentados, enquanto os sintomas corporais diminuem. (§210 a 215)

As doenças corporais agudas podem, pelo rápido aumento de transformações físicas, ser a causa do aparecimento de insanidade mental, de manias, em que os sintomas físicos diminuem e deste modo são transformadas em doenças parciais. As afecções dos órgãos corporais são transferidas para o espírito, mental e emocional. Uma doença mental é sempre o resultado de uma doença física. As doenças mentais têm a ver com o equilíbrio entre o pensamento e a vontade mental/emocional (§216 a 217).


Sublata Causa Tollitur Effectus

 

Deve ser buscada e entendida a história detalhada do doente e do progresso da doença corporal, antes de degenerar num aumento de sintomas psíquicos e tornar-se numa doença mental. Periodicamente há um alívio dos sintomas da doença, o que não quer dizer que esteja curada. As doenças mentais estão associadas à psora. Quando a doença física dura há já muito tempo há que ter especial atenção à desordem mental na escolha do medicamento. Na doença mental aguda, deve ser ministrado um medicamento agudo, em doses mínimas e altas potências. Depois do medicamento agudo o tratamento deverá ser seguido com o homeopsórico apropriado para um tratamento prolongado do miasma crônico da psora, que se tornou latente, e pronto a aparecer se o paciente não fizer as modificações de alimentação e estilo de vida aconselhados pelo médico. A doença poderá reaparecer com um novo ataque mais duradouro, mais sério que o 1º e por razões mais ligeiras das que causaram o da 1ª vez, tornando-se mais difícil de curar. Nos desvios mentais com causas externas, um apoio psicológico de orientação do paciente pode ser benéfico, mas se a doença é mesmo mental ou moral e depende de doença corporal, agravar-se-á. A doença mental pode também ser causada por prolongados distúrbios emocionais (stress, ansiedade, preocupação contínua...). Estes tipos de doenças emocionais, com o tempo destroem a saúde do corpo (§218 a 225).

Só as doenças emocionais causadas por prolongados distúrbios emocionais (stress, ansiedade, preocupação contínua,..) e enquanto forem recentes e não haja uma grande invasão em todo o corpo, podem com um bom aconselhamento psicológico, dieta e regime de vida apropriados, transformarem-se num estado mental saudável e por consequência num bom estado de saúde física. No entanto devemos ter sempre um homeopsórico por trás para que não volte a cair em idêntico estado de doença mental. Os pacientes doentes, mental e emocionalmente, devem ser tratados com calma e firmeza, sem censura e sem repreensão pelos seus actos, sem violência. O médico encontrará o tratamento mais benéfico, quando o doente tem confiança e acredita nele. O homeopático mais apropriado, pode produzir rápidos resultados em casos de doença mental e emocional, que nunca serão conseguidos com o tratamento por medicamentos alopáticos (§226 a 230).


Doenças Intermitentes (§231 a §243)

É importante olhar para a doença que vai e vem (intermitente), assim como para aquela que aparece apenas em certos períodos, e a que alterna (alternante) com outra, certos estados mórbidos alternam com estados mórbidos diferentes em intervalos regulares – doença bipolar (§231).

As doenças alternantes, ou doença bipolar, são doenças crônicas produzidas pelo desenvolvimento do miasma psora, algumas vezes complicado com a luésis. Devem ser tratadas miasmaticamente com medicamentos homeopsóricos ou alternando com homeoluéticos (§232).

Doenças intermitentes febris e não febris, são as que reaparecem e desaparecem em períodos fixos (em certas épocas), enquanto o paciente está aparentemente de boa saúde. Os estados mórbidos aparentemente sem febre são sempre crônicos e puramente psóricos, poucas vezes complicados pela luésis. As febres intermitentes, que prevalecem esporádica e epidemicamente são as que aparecem em zonas pantanosas.

Cada paroxismo é por vezes composto por dois ou três estados alternados e opostos (calor, frio, transpiração) que devem ser tratados homeopaticamente com um remédio capaz de produzir no organismo saudável os 2 ou 3 estádios de alternância, que deverá ser ministrado imediatamente, depois de terminar o paroxismo, quando o doente começa a recuperar, é a altura ideal para efetuar no organismo todas as mudanças necessárias para restaurar a saúde, a força vital está na melhor condição possível, está disponível para permitir ser alterada pelo remédio e restaurar a saúde. Se o intervalo entre os paroxismos for muito pequeno, ou se há perturbação por algum sofrimento subsequente, a dose do homeopático deve ser dada quando a transpiração começar a diminuir ou qualquer dos outros fenômenos comece a diminuir (§233 a 237).

Frequentemente, uma única dose do homeopático apropriado pode destruir vários ataques e restabelecer a saúde, mas muitas vezes não cura e será necessário repetir o remédio depois de cada ataque. Quando a febre volta a aparecer depois de o doente ter estado bem durante alguns dias, a cura só se dá quando se afastarem as causas mórbidas durante a convalescença. Se a febre resiste ao homeopático específico para aquela epidemia, mesmo depois do afastamento da causa mórbida, o miasma psora está por trás e deve ser tratado com um homeopsórico até ao alívio completo. Se numa epidemia de febre intermitente não se curaram os 1ºs paroxismos ou se os doentes foram submetidos a tratamento alopático, então a psora latente desenvolve-se, reaparece e a febre intermitente volta. O medicamento que foi útil no início, já não é o apropriado, neste caso precisa ser tratada com sulphur ou hepar sulphur (com um psórico) numa alta potência. As febres intermitentes endêmicas só são curadas com um homeopsórico (§238 a 24).




  

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* Faz-se necessário consultar o ‘Organon ou a Arte de Curar’ de Hahnemann, quanto às prescrições numéricas sugeridas por parágrafo (§), descritas aqui nesta postagem. 




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